2ª MOSTRA DE EDIÇÕES SUBVERSIVAS: DIAS 25, 26 E 27 DE SETEMBRO EM LISBOA

Descripción / Resumen:

2ª MOSTRA DE EDIÇÕES SUBVERSIVAS

DIAS 25, 26 E 27 DE SETEMBRO EM LISBOA

 

segunda muestra de ediciones subversivas

PROGRAMAÇÃO

 

25 DE SETEMBRO (SEXTA-FEIRA)

17H

Abertura

18h
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “A REPRODUÇÃO DA VIDA QUOTIDIANA E OUTROS
ESCRITOS DE FREDY PERLMAN” – A CARGO DOS EDITORES

O escritor de origem eslava, naturalizado norte-americano, Fredy
Perlman, foi uma das principais vozes da crítica anti-autoritária a
ecoar entre o continente americano e europeu durante a segunda metade do
século XX. Especialmente prolífico entre os anos 60 e 80, década em
que acabou por falecer precocemente devido a problemas cardíacos, Fredy
Perlman deixou-nos um legado de diversos escritos que ainda hoje são
lidos e discutidos e que reflectem a sua visão heterodoxa, mordaz e
desconstrutora das variegadas falácias das distintas ideologias, do
capitalismo ao próprio anarquismo. Apesar de tudo, enquanto pensador
livre, foi no seio de uma forma de pensamento mais radical, afecto à
crítica do progresso e da industrialização, que Fredy Perlman se
instalou, tendo, entre outras coisas, colaborado com a companhia de
teatro Living Theatre, com a revista anarquista The Fifth Estate, sido
fundador e editor da revista Black & Red que se viria a converter numa
editora que publicou autores como Guy Debord, Jacques Camatte, Piotr
Arshinov e os seus próprios escritos como são exemplo Against
His-Story, Against Leviathan, Letters of Insurgents, The Strait ou
Manual for Revolutionary Leaders . Dos seus escritos menores,
destacam-se A Reprodução da Vida Quotidiana, A Contínua Atracção do
Nacionalismo ou O Anti-Semitismo e o Pogrom de Beirute, incluídos nesta
colectânea.
?
Textos Subterrâneos, 2015

http://textosubterraneos.pt/ [1]

20h
Jantar

22h
Apresentação do livro “Para uma história da repressão do
anarquismo em Portugal no século XIX de Luís Bigotte Chorão, seguido
de «A Questão Anarchista» de Bernardo Lucas” – a cargo do editor

Sem que houvesse em Portugal razões de ordem pública que o
justificassem, e sendo desconhecida entre nós – diferentemente do que
sucedia em França e Espanha – a propaganda pelo acto, e naturalmente
desconsiderando o discurso lombrosiano sobre os riscos da repressão, o
ministro apresentou a 8 de Fevereiro de 1896 uma proposta de lei na
Câmara dos Deputados que foi justificada pela «exigência imperiosa da
segurança das pessoas e da propriedade».
A nova lei destinava-se a «prevenir gravíssimos atentados contra a
ordem social» e a «reprimir qualquer tentativa de propaganda de
doutrinas subversivas» que provocassem ou incitassem à execução
desses atentados. A comissão de legislação criminal logo se
pronunciou, para observar que de há muito se vinha revelando em
Portugal a existência do mal anarquista, «se bem que por formas
relativamente atenuadas». Porém, os acontecimentos recentes
reclamavam, no entender da comissão, a existência de leis
«eficazmente repressivas».

Letra Livre, 2015

http://www.letralivre.com/ [2]

26 DE SETEMBRO (SÁBADO)

15h
Abertura

16h
Apresentação do livro “¿Por qué no nos dejan hacer en la calle?
Prácticas de control social y privatización de los espacios en la
ciudad capitalista” do Grupo de Estudios Antopológicos La Corrala –
a cargo dos autores

Democracia, cidadania e espaço público são conceitos que no discurso
político se intersectam e que sustentam a concepção, pelos
municípios, de normativas que pretendem fomentar e garantir a
convivência cidadã no espaço público. Decretos municipais que trazem
consigo dinâmicas que estão longe de contribuir para o objectivo que
dizem perseguir, como a progressiva privatização do espaço público e
o controlo social da população. Dinâmicas que se integram num modelo
de cidade centrado na imagem e no potencial turístico; uma cidade
individualista, capitalista e segregadora; uma cidade que dificulta o
encontro das pessoas que a habitam; uma cidade em que não se vive,
sobrevive-se. E uma das formas de o conseguir é, precisamente,
naturalizando uma vida cada vez mais regulada.

Asociación de Estudios Antropológicos La Corrala e COTALI, 2013

http://gealacorrala.blogspot.pt/ [3]

18h
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “EN ESE SITIO MALDITO DONDE REINA LA
TRISTEZA… REFLEXIONES SOBRE LAS CÁRCELES DE ANIMALES HUMANOS Y NO
HUMANOS” DA ASAMBLEA ANTIESPECISTA DE MADRID – A CARGO DOS AUTORES

Um imenso edifício no meio do nada, grandes muros de betão, arame
farpado. Indivíduos privados da sua liberdade, as horas contadas, a
comida insípida, pequenos compartimentos em que não se podem mover.
Indivíduos que sofrem, que querem escapar, que escapam e se revoltam.
Gente que dedica o seu tempo e a sua energia a lutar contra a injustiça
oculta por detrás desses muros. Gente que dedica a sua vida a manter
esses muros, a privar os outros da sua liberdade, gente que enriquece à
sua custa. E uma sociedade que olha para o lado, que o legitima, que se
beneficia, que participa voluntária ou involuntariamente na sua
engrenagem.
Podíamos estar a falar de qualquer prisão. Podíamos estar a falar de
qualquer centro de exploração animal. Nem estes lugares são tão
diferentes entre si, nem roubar a liberdade a indivíduos humanos é
tão diferente de roubá-la a indivíduos de outras espécies. As vidas
de uns e de outros são muito parecidas; os valores que perpetuam a sua
opressão e a sua prisão são os mesmos.

E uma jaula é sempre uma jaula.

Ochodosquatro ediciones, 2014

http://ochodoscuatroediciones.org [4]

20h
Jantar

22h
Concerto de hip-hop com:

Boss (Amadora)
Xoto (Setúbal)
Calla La Orden (Madrid)

27 DE SETEMBRO (DOMINGO)

15h
Abertura

16h
Apresentação da revista anti-desenvolvimentista e libertária,
Argelaga – a cargo do editor

Ao alcançar os seus limites internos e externos, o capitalismo ficou
permanentemente em crise e continua a sua marcha através de inúmeros
confrontos. Pondo de parte a geopolítica militar, responsável pelas
guerras por controlo de recursos, e limitando-nos às condições
locais, existem dois tipos de luta capazes de questionar a natureza do
sistema: as lutas urbanas e a defesa do território. Nos aglomerados
urbanos existem resistências contra a exclusão e o endurecer da
repressão que exige o controlo das massas excluídas. São um bom
exemplo as lutas contra os despejos, as privatizações, a precariedade
e os abusos jurídico-policiais. No entanto, é no território não
urbano onde surgem os maiores conflitos, os que agravam as condições
de vida e põem em perigo a sobrevivência da população, e que, por
isso mesmo, são os que podem contribuir com uma maior consciência
anti-desenvolvimentista. O território periurbano, expurgado de
actividades agrícolas, converteu-se em cenário de grandes projectos
especulativos sem nenhuma utilidade para os seus habitantes:
prospecções de petróleo e gás não convencionais, construções de
grandes infraestruturas, de macroprisões, de lixeiras, de centrais de
incineração, de centrais energéticas, de casas de férias, etc. Por
isso mesmo, a defesa do território contra o seu reordenamento
explorador constitui o eixo por onde passa a luta
anti-desenvolvimentista, defesa que conta com a particularidade de ir
além do horizonte rural: os seus defensores procedem maioritariamente
dos aglomerados urbanos.

https://argelaga.wordpress.com/ [5]

18h
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “NELL’ACQUARIO DI FACEBOOK: LA RESISTIBILE
ASCESA DELL’ANARCO-CAPITALISMO” DO GRUPPO DI RICERCA
INTERDISCIPLINARE IPPOLITA – A CARGO DOS AUTORES

Neste livro, o grupo italiano de pesquisa interdisciplinar Ippolita,
activo desde 2005, percorre os bastidores do Facebook, questionando
sobre as origens, os objectivos e a visão do mundo promovida por uma
das estrelas do turbo-capitalismo. O anarco-capitalismo é um marco
cultural que nos permite ligar a nova geração de empreendedores
californianos, adeptos do capitalismo sem estado nem regras, com os
novos fenómenos político-sociais como o Partido Pirata e o Wikileaks.
Como qualquer outro tipo de rede social privada, o Facebook não é na
realidade gratuito. A moeda de troca somos nós próprios. Sob a ilusão
do entretenimento, todos nós estamos trabalhando para a expansão de um
novo tipo de negócio: o negócio das relações sociais. Se o Google
distribui verdade, o Facebook gere relações. Tudo para o benefício da
humanidade e da sociabilidade. Em nome da tão proclamada liberdade de
informação. Uma liberdade automática garantida pela rede. A liberdade
de uma sociabilidade crescentemente mecanizada.
O avanço da doutrina de transparência radical está rapidamente a
levar-nos a uma distopia que, simultaneamente, remete para Huxley e
Orwell. Diga tudo sobre si próprio e será livre, até dos seus
desejos. Algoritmos responsabilizar-se-ão pela selecção e escolha dos
bens e produtos de consumo feitos exactamente à sua medida. Estes
algoritmos utilizados na publicidade online pelos novos donos do mundo
digital – Facebook, Apple, Google e Amazon – são os mesmos
utilizados pelos governos ditatoriais ou “democráticos” para uma
repressão personalizada. O colectivo Ippolita defende que não nos
podemos render à lógica da conspiração ou da paranóia, mas sim
procurar desenvolver novas formas de vida autónoma na nossa sociedade
em rede.

Ledizione, 2012

Outros livros deste colectivo:

Open non è Free (2005), The Dark Side of Google (2013) e La Rete è
libera e democratica – FALSO (2014).

http://www.ippolita.net/ [6]

20h
Jantar

22h

PERFORMANCE “OHONGO”

África, sem sinopse!

http://www.mes2015.tk/ [7]

GRUPO EXCURSIONISTA E RECREATIVO “OS AMIGOS DO MINHO”

RUA DO BENFORMOSO, 244 – LISBOA (INTENDENTE)

Links:
——
[1] http://textosubterraneos.pt/
[2] http://www.letralivre.com/
[3] http://gealacorrala.blogspot.pt/
[4] http://ochodoscuatroediciones.org/
[5] https://argelaga.wordpress.com/
[6] http://www.ippolita.net/
[7] http://www.mes2015.tk/

Info Evento

  • Lugar: GRUPO EXCURSIONISTA E RECREATIVO "OS AMIGOS DO MINHO". RUA DO BENFORMOSO, 244 - LISBOA (INTENDENTE)
  • Fecha: 25, 26 y 27 de septiembre
  • Organiza: Textos Subterrâneos, Letra Livre, Asociación de Estudios Antropológicos La Corrala e COTALI, Ochodosquatro ediciones, Argelaga, Ledizione,
  • Web:
  • Teléfono:
  • Email: pedromorais1982@hotmail.com
  • Contacto: Pedro Morais
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Profesor de Historia Moderna de la Universidad de Alcalá.

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